Um caminho para a autenticidade!

Imagine que você está prestes a viajar. A viagem mais esperada da sua vida. O destino você sabe bem qual é: é o lugar dos seus sonhos! 

Enquanto você prepara sua mala de viagem você descobre que na verdade a sua mala será uma pequena mochila de 10 kg e você terá de colocar o suficiente nesse espaço. Nem mais, nem menos, apenas o suficiente. 

Agora eu te pergunto: o que você levaria na sua mochila? 

É assim que eu gosto de pensar na vida: como uma grande viagem com um espaço limitado. É óbvio que essa mochila é metafórica, mas ela me lembra que por mais que eu queira levar mais coisas na minha bagagem eu preciso filtrar o que será necessário carregar para esse destino. 

Se eu levar coisas demais comigo eu não dou conta de carregar o peso dessa mochila e isso muito provavelmente irá atrasar ou cancelar minha viagem. Se eu levar coisas de menos talvez eu passe algum perrengue no caminho porque estava despreparada.

Por mais que essa história se pareça com o desapego, ela na verdade é uma história sobre autenticidade. Sobre ser quem somos. Sobre entender que a vida (ou a nossa grande viagem) vai pedir novas versões de nós mesmos o tempo todo. Nossa mochila precisará ser revisada, desfeita e refeita diversas vezes. E são nessas trocas de bagagens que a gente vai se conhecendo e percebendo que não existe viagem no mundo igual a nossa. 

Nossos destinos muito provavelmente serão diferentes. Ou ainda que sejam no mesmo lugar a nossa forma de chegar até lá será diferente. Cada um de nós parte de um lugar único, faz escalas e conexões únicas, e vivencia a própria viagem de um jeitinho muito peculiar. 

Alguns viajam de bicicleta tomando um ar no rosto, enquanto outros viajam no conforto do ar-condicionado. Alguns precisam pegar a estrada e outros precisam atravessar oceanos. Às vezes seguimos sozinhos e outras estaremos acompanhados. Não tem um script a ser seguido, cada viagem é única e traz os ensinamentos necessários para que a gente possa seguir para a próxima.

Por mais que a gente queria viajar o mundo todo, conhecer todos os destinos, ler todos os livros, ter todas as experiências dessa vida, isso não vai acontecer. Nosso tempo (ou nossa mochila) é limitado. Por isso cada viagem é única e cada bagagem torna a viagem diferenciada. As lentes que você escolhe olhar para os seus destinos é o que faz sua vida ser do jeitinho que ela precisa. 

E por mais que a gente ame acompanhar a viagem de outras pessoas, não existe viagem melhor no mundo do que aquela a qual fomos destinados. 

Minha mochila já tá pronta para o próximo destino, e a sua?

Colunista:
Luiza Osti
Descomplico o yoga e mostro que ele é mais simples do que parece